História de Barretos
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1800
25 de agosto de 1854
Fundação do povoado
Neste ano, famílias oriundas de Minas Gerais chegaram à região, atraídas pela fertilidade das terras e pela abundância de recursos naturais. Esses primeiros colonizadores iniciaram as atividades de lavoura, criação de gado e formação das primeiras estruturas sociais e religiosas. O território ainda era pertencente à Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Franca, mas o movimento de ocupação indicava o surgimento de um futuro povoado. Esse foi o ponto de partida da história de Barretos, ainda sem nome, mas já com vocação para o crescimento e para o desenvolvimento rural.
10 de março de 1885
Barretos vira vila
A data marca oficialmente o surgimento do povoado de Barretos, com a doação de terras feita pelos irmãos Antônio e Justino Francisco de Assis para a construção da Capela do Espírito Santo. Esse ato religioso e comunitário deu origem à formação urbana organizada, atraindo novos moradores e impulsionando o desenvolvimento da região. A construção da capela foi o marco fundacional reconhecido historicamente, e é a partir dessa data que Barretos começa a ser registrada como núcleo urbano em formação, com identidade própria e fundamentos estruturais.
6 de novembro de 1890
Criação da Comarca
Após décadas de crescimento demográfico, econômico e institucional, Barretos é oficialmente elevada à categoria de vila, passando a se chamar Vila do Espírito Santo dos Barretos. Com esse novo status, o povoado passa a contar com maior autonomia administrativa e política, possibilitando o fortalecimento das instituições locais, como câmara, intendência e maior controle sobre os serviços públicos. Essa conquista reflete o protagonismo que Barretos começava a assumir na região, sendo reconhecida por seu desenvolvimento social e agrícola.
1900
6 de novembro de 1906
Nome oficial: Barretos
Embora já popularmente conhecida como Barretos, foi somente em 1906 que o nome foi oficializado por ato do governo estadual, substituindo a denominação anterior “Espírito Santo dos Barretos”. A mudança reflete uma modernização da identidade urbana, aproximando a nomenclatura oficial do nome usado pelos moradores. A cidade já vivia um período de desenvolvimento acelerado, com ferrovias, comércio ativo e festas tradicionais. A oficialização do nome foi simbólica, mas reforçou o sentimento de pertencimento e unidade cultural entre os barretenses.
1917
Santa Casa de Misericórdia
A fundação da Santa Casa de Misericórdia de Barretos foi um marco para a saúde da população. Iniciada por lideranças locais e com forte apoio comunitário, a instituição nasceu com o objetivo de oferecer atendimento médico gratuito aos mais necessitados. Ao longo dos anos, a Santa Casa tornou-se referência regional em assistência hospitalar e símbolo do espírito solidário do povo barretense. Essa iniciativa pavimentou o caminho para o fortalecimento da saúde pública no município e influenciou diretamente o surgimento de instituições como o Hospital de Amor.
1955
Primeiro rodeio informal
Neste ano, um grupo de amigos apaixonados pela tradição rural e pela cultura sertaneja organizou o primeiro rodeio informal da cidade. O evento ocorreu de forma simples, mas despertou o entusiasmo da população e evidenciou o potencial da festa como atração cultural. Essa reunião de peões, bois e tradição deu origem à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, que, nos anos seguintes, se transformaria em um dos maiores eventos do gênero em todo o continente.
1956
1ª Festa do Peão
Organizada pelo recém-criado Clube Os Independentes, a primeira edição oficial da Festa do Peão aconteceu com grande sucesso e forte participação popular. Combinando montarias, música e valorização da cultura sertaneja, o evento consolidou Barretos como a capital nacional do rodeio. Ao longo das décadas, a festa cresceu, tornou-se internacionalmente reconhecida e passou a movimentar a economia, o turismo e a cultura local. Hoje, é um dos maiores símbolos de identidade da cidade.
1962
Hospital São Judas
O Hospital São Judas Tadeu foi fundado com o objetivo de ampliar o atendimento à população, especialmente em casos de câncer. Anos depois, esse hospital se transformaria no Hospital de Amor, referência internacional em tratamento oncológico gratuito e humanizado. A trajetória da instituição começou modesta, mas foi construída com dedicação e visão social, sendo hoje motivo de orgulho não só para Barretos, mas para o Brasil inteiro.
2000
2017
Título de Estância Turística
Em reconhecimento ao seu potencial histórico, cultural e de lazer, Barretos recebe oficialmente o título de Estância Turística do Estado de São Paulo. A conquista permite ao município acesso a recursos específicos para infraestrutura e fomento do turismo. Com essa classificação, a cidade reforça seu protagonismo no cenário estadual e nacional como destino atrativo, especialmente durante a Festa do Peão, mas também pela sua história, gastronomia, hospitalidade e projetos sociais.